A Eficácia
É preciso ter ordem para ter eficácia. Eu aproveito bem o tempo? Deixo-me levar pelo consumismo como modo de vida, pela rotina ou pelo atabalhoamento?
Podemos desperdiçar a vida tolamente como uma torneira esquecida aberta: ela pode ir pelo ralo ou pode encher uma jarra. É preciso valorizar muito a nossa vida, construir uma boa família, ter um ideal cristão sólido, ter excelência no âmbito profissional, adquirir virtudes, atender solicitações da família de modo mais extenso, da vida pública e beneficente, etc. Muitas das horas passadas em frente a televisão ou no shopping ou navegando na Internet em tolices são "ralos" por onde escorre a nossa vida de forma inútil.
É preciso render bem o tempo porque é nele que realizamos o que somos e o que Deus nos pede. Por isso é preciso lançar mão de meios concretos para alcançar uma boa distribuição do tempo. Por má distribuição do tempo às vezes não atendemos aos filhos ou não fazemos um curso, nem lemos um livro e quando tempo passa vemos quão defasados estamos ou quão importante teria sido ajudar aquela pessoa, etc.
Dá tempo para tudo com ordem. É preciso não ter medo de enfrentar as tarefas custosas. É nelas que Deus nos espera, aí nessas pequenas coisas diárias. Agora nos estudos, depois no passado da roupa, etc. Ter horário é a chave. É preciso estabelecer hora para descansar, para ler a bíblia, hora para começar e terminar de ver televisão, de começar e terminar de passar roupa, de entrar e sair do trabalho, de visitar a tia doente, etc.
Talvez fosse bom ter um horário escrito como um esquema básico: na terça-feira isto, na quinta-feira aquilo e uma vez estabelecida as metas cumpri-las sem demoras ou adiamentos. É preciso ser pontual no cumprimento das tarefas. A própria organização vai ajudar a dar serenidade. Não ter ordem tira a paz: nada tira mais a paz do que estar numa atividade pensando em outra que evitamos com desculpas.
É preciso não esquecer de que não podemos ter hora certa só para coisas chatas, mas as devemos ter também para as coisas de que gostamos. Quando nos sobrecarregamos de obrigações nos estressamos e não somos eficientes porque falta paz. Tudo que temos que fazer cabe no nosso dia quando estamos perto do Senhor. E estamos perto quando cumprimos sua vontade que se manifesta de muitas maneiras e uma delas é pelo que nos pede a divina providência na vida cotidiana.
Quando somos pessoas afáveis somos mais disponíveis no trato com os outros. Ou seja, lutamos para não nos deixarmos levar pelo mau humor, pela pressa, pela ligeireza, ou pela rigidez de entendimento no trato cotidiano com as outras pessoas. Devemos ser afáveis sempre e amavelmente.
Compreendendo a afabilidade
Se nós somos afáveis, nossa atenção se curva de modo interessado e solícito ao que nos dizem ou ao que interessa ao nosso interlocutor. Seremos afáveis não importa se se tratar de um vizinho, do nosso porteiro, do entregador de compras, de um importante cliente ou do nosso chefe: somos sempre afáveis.
Pela virtude da afabilidade, sempre responderemos com benevolência às diferentes formas de ser e de ver das pessoas. Mas esta benevolência no trato diário não deve se tornar tão formal e mecânica que pudesse nos tornar pessoas distantes ou indiferentes dado que respondemos como se não estivéssemos cumprindo um formalismo exigido pelo nosso empregador: “– Sim, Senhor. Pois não, Senhor.
Por outro lado, ser afável não quer dizer que devemos com compactuar com o algo que está errado só para “sermos bonzinhos”, “ficarmos bem”, não nos envolvermos. Ao buscarmos ser afáveis, no trato cotidiano com todos, desenvolveremos uma simpatia natural de quem sabe mortificar o egoísmo de querer tudo a seu modo.
Aspectos práticos da afabilidade
1. Interessarmo-nos pelo que nos dizem com toda a atenção, ouvindo o que realmente nos estão dizendo e respondendo com amabilidade e interesse.
2. Sorria amavelmente;
3. Cumprimente sempre;
4. Ofereça-se para pequenos auxílios como carregar uma bolsa; abrir uma porta; em casa recolher o lixo, secar a louça. Mas atenção sem se anunciar ou querer os créditos.
5. Ceda sua vez ou a passagem, no supermercado, no Banco, etc;
6. Atenda amavelmente ao telefone;
7. Não demonstre por caretas e desdém o desagrado com temas ou pessoas enfadonhas;
8. Saber ter diálogo com diferentes tipos de pessoas.
Em resumo, a afabilidade está relacionada com a disponibilidade para ouvir e atender o outro. Há quem advogue que, porque o ser humano se interessa mesmo é pelos seus próprios assuntos e, uma vez que a tendência humana é, naturalmente, falar sobre si mesmo, o que deveríamos fazer é incentivar o outro a dizer o que lhe interessa e, desse modo, ao agradá-los por “fingir” interesse em seus assuntos seríamos capazes de manipulá-los, logo conquistando amigos e influenciando as pessoas.
Ora, mas exatamente aí não há enriquecimento, troca, diálogo. Só o diálogo funda encontro e, portanto desenvolve o nosso ser. Não. A afabilidade pode ser uma ponte entre dois mundos diferentes para que haja encontro.
A afabilidade não pode ser reduzida a um meio de obtenção de vantagens por se confundir a afabilidade com uma caricatura de comportamento que vise “conquistar as pessoas” através de um comportamento superficial, e interesseiro.
Cuidado com as fórmulas de sucesso que subtraiam sua participação real, sua alma, na troca da vida em sociedade. A pessoa educada é exatamente aquela que sai de si mesmo para conhecer o outro e não aquela que se repete sem parar porque é incapaz de ouvir aos demais.
Aliás, em geral as pessoas interessantes invariavelmente o são pela sua abertura para o mundo, seja lá como os seus talentos a coloquem na vida em sociedade.
Admitir culpa é um passo gigantesco no processo de amadurecimento, emancipação e crescimento pessoal. Admitir culpa é tomar posse de suas ações e, portanto, de quem você é.
Mas admitir culpa não é ser duro demais com você mesmo. Em geral orgulho e vaidade são os motores dessa culpa excessiva. Quem assume seus erros sabe continuar de onde parou.
Onde você se omite ou adia até a omissão seus deveres até que eles fiquem como uma sombra pesando na consciência e atravancando a vida?
1. Adiar compromissos desagradáveis ou difíceis.
2. Não corrigir os filhos para evitar o transtorno, o incômodo e as possíveis reações.
3. Não reafirmar - no amor - as crianças, o esposo ou esposa, os amigos, dando-lhes atenção ou prestando-lhes pequenos favores.
4. Não agradecer presentes, favores e retribuir atenções, não desenvolver um interesse humanitário ou qualidade pessoal mais seriamente por viver sempre voltado para seus interesses.
5. Adiar ou não pagar contas, faltar em pontualidade, ou deixar de realizar bem feitas todas as nossas tarefas.
6. Não atender reclamações ou pessoas porque já sabe que são “chatices”.
7. Não falar sobre seus ressentimentos com seus familiares e parentes ignorando o que sente e magoa.
8. Não fazer o que deveria: arrumar seu quarto, terminar o relatório, vestir-se corretamente, participar prontamente da atividade beneficente, fazer uma doação, ir ao dentista, prestar aquela prova, visitar o doente, ir ao enterro, adiar exames, nunca ir se confessar, etc.
A posse de nós mesmos passa por assumirmos nossos compromissos e, se os adiamos sem justo motivo, por assumir que estamos nos omitindo, sem medo da culpa. Os nossos objetivos na vida não serão alcançados com adiamentos que camuflem nossas omissões.
Para desenvolver nossa qualidade humana, é preciso aproveitar todas as circunstâncias que a vida em sociedade nos oferece para fazê-la crescer. Eis aqui uns pontos práticos.
Bondade para perdoar os defeitos dos outros mesmo não recebendo o mesmo perdão ou a mesma consideração dos outros.
Discrição para não observar, demorar-se e jamais comentar os defeitos dos outros, mesmo os mais evidentes.
Um pouco de empatia com os mais tristes para diminuir-lhes a rejeição.
Saber aproveitar os momentos alegres para dar-lhes prosseguimento e saber aumentá-los, santamente é claro.
Agilidade mental para acompanhar as idéias dos amigos retornando-lhes com aportes, comentários ou atenção que os edifique, eduque, os acompanhe, etc., ainda que o mesmo não aconteça conosco. Ter a generosidade de aplaudir a idéia do outro sem ter-lhe inveja e se alegrar por elas.
Solicitude que vê a necessidade do outro e as antecipa para, assim, evitar poupar o amigo de sentimentos que o embaraçariam ou de ter que pedir algo difícil ou humilhante. É preciso compreender que quem dá está em posição de superioridade e isso pode constranger e, portanto, a caridade se faz de forma discreta.
Liberalidade do coração que nos torna sempre prontos e disponíveis para fazermos mais do que o que estaríamos obrigados a fazer. Inclusive no que se refere a essas pequenas coisas cotidianas: lavar não só o nosso copo mas a louça que encontrou na pia e não dizer isso para obter aplausos. Ou terminado o serviço que lhe cabe e ao passar por um amigo que ainda está fazendo alguma coisa ajudá-lo de forma discreta enquanto conversa, de tal modo que ele nem note sua cooperação. Ou mesmo que note fazê-lo do mesmo jeito. É que as pessoas com bons valores e religiosas acabam sendo pessoas mais seguras, mais realizadas, mais felizes e por isso tem uma natural capacidade de corresponder ao amor - de Deus e consequentemente aos homens - com obras. Pequenas ou grandes. Notadas ou não. Suas ou dos outros. Das que lhe interessam apaixonadamente ou das que são de sua obrigação. É como se estivessem querendo corresponder ao amor de Deus que lhes dá tanto, e de graça, a todo momento, que naturalmente se compelem a realizar mais, a viver mais. Ou seja, a pessoa virtuosa, mesmo tendo cumprido o seu dever procura fazer mais.
Uma tranqüila afabilidade que atende bem os inconvenientes sem mostrar-se aborrecido ou desagradável com eles.
Uma pessoa educada e virtuosa instrui os ignorantes e os desavisados sem críticas ou reprovações ríspidas ou agressivas. E não deixa de dar um aviso a um amigo sobre coisas que - se no momento não parecem importantes - podem vir a sê-lo no futuro. Como são os modos que escandalosos inicialmente a pretexto de serem “engraçados”, se vão tornando vulgares e depois permissivos e até perigosos. Ou amizades que se iniciam em caronas de trabalho ou inocentes conversas, mas que podem levar a adultério, etc. Sempre avise: seja caroço de feijão no dente, remela no olho ou um modo de vestir ou comportamento inapropriado para o trabalho e ou o cargo ou condição social da pessoa.
A pessoa verdadeiramente "legal", tem boas maneiras. Mas não como quem consome produtos caros para se distinguir dos demais, nem como quem aprende essa dissimulação social pela qual os interesseiros pretendem projetar-se, mas tem boas maneiras cristãs, bons modos cristãos que vem do amor e da caridade de Cristo.
Não reclamar de alguém que estragou o seu trabalho ou o perturbou é também divino. Sorrir sempre também. Acolher a todos bem sem deixar-lhes ver sua pressa, preocupação, dor e jamais demonstrar-lhes tédio é muito "legal" e é uma ótima mortificação para o nosso natural egoísmo que tende a ver o que é nosso como muito mais interessante ou urgente.
Perdoar uma grande ofensa é divino, mas pode gerar admiração e já o perdão cotidiano, desses pequenos inconvenientes que os outros nos trazem, seja pelo seu modo de ser ou por defeitos que nos incomodam, não é notado. Por isso o perdão das pequenas coisas pode se tornar ainda mais santificador: pela freqüência e por que ao não gerar admiração humana são ainda mais forjadores de um caráter generoso e, portanto, verdadeiramente "legal".
· A amizade verdadeira é desinteressada e não busca proveito próprio ou vantagem ao relacionar-se com o amigo. Para que haja amizade é necessário que exista correspondência em afeto e benevolências que são mais fáceis de acontecer entre pessoas de mais virtude. Antes de cobrarmos se os demais são nossos verdadeiros amigos vejamos se nós o somos.
· O bom amigo não:
· abandona o amigo nas dificuldades;
· não o trai em nenhum sentido
· não fala mal nem se omite de defendê-lo no caso de maledicências.
· Nunca fala mal do amigo
· Não tem inveja nem se procura o amigo somente por interesse, não usa o amigo ou suas coisas e condições
· O bom amigo sempre:
· Respeita o gosto e o modo de ser dos amigos assim como os parentes, amigos e pertences do outro.
· Não se vale do amigo para obter qualquer vantagem mas tem antes amizade sincera e desinteressada.
· Avisa-o de um erro que esteja cometendo. (Correção fraterna)
· Tem interesse pelas alegrias e tristezas do amigo e está presente quando necessário.
· Em um bom amigo nós confiamos, o animamos e somos animados por ele, somos compreendidos e compreendemos, consolamos e somos consolados e somos exemplo e aprendemos de seu exemplo.
· Com um bom amigo sentimos a estabilidade, a confiança e a segurança de sermos queridos e compartilharmos o nosso ser sem sermos criticados. Um amigo, na verdade se comprova pela amizade compartilhada. De uma só das partes não é amizade.
· Devemos olhar os amigos com respeito e com carinho. O egoísmo se opõe radicalmente à amizade.
· As afinidades, um curso, um interesse comum, um gosto compartilhado como um esporte ou ação beneficente vai nos dando oportunidade de fazer amigos. E devemos incentivar e ajudar os filhos a fazer amigos e a CONSERVÁ-LOS desde a infância.
· À virtude da amizade estão relacionadas diversas virtudes humanas como
· a virtude da generosidade. O amigo verdadeiro é generoso e dá aos amigos das suas qualidades, do seu tempo, das suas posses, das suas energias, dos seus saberes e faz estas coisas para ajudar eficazmente seus amigos.
· O egoísta só vê o que lhe interessa para subir na vida, para desfrutar, na verdade busca a si mesmo nos outros sendo incapaz de dar.
· Um ato de generosidade muito importante na amizade é o de perdoar. Devemos procurar compreender e saber os motivos de uma ação que nos fez mal. Perdoar aos amigos desenvolve a amizade e a grandeza de nossa alma.
· Outra virtude humana muito relacionada à amizade é verdade e a veracidade. Um amigo deve ser uma pessoa de palavra, que responde com fidelidade ao compromisso que a amizade pressupõe e por isso não se criticam os amigos, não se murmura contra eles nem se revelam os segredos que nos contaram e somos sempre verdadeiros com nossos amigos.
· Ser leal é também falar claro, ser franco e corrigir, com carinho um amigo que está cometendo um erro.
· Temos que ser agradecidos pela amizade que nos dão que se expressou em tempo dedicado à nós, em atenções, em preocupações, em solidariedade, etc.
· Se gostaríamos que nos agradecessem nossa amizade, podemos começar nós mesmos por agradecer a atenção que têm conosco. É mais fácil fazer amigos do que mantê-los porque a vida testa a generosidade, a lealdade e todas as demais virtudes pressupostas na amizade. Por isso é preciso insistir. Amigos não caem do céu ou estão disponíveis quando precisamos sem custo ou trabalho é preciso investir nas amizades. Vale a pena. Não devemos aceitar que não tenhamos amigos. Para fazer novos amigos pode-se por exemplo frequentar cursos ou interesses comuns pelos quais possamos encontrar pessoas com as mesmas afinidades que nós. Fazer novos amigos é abrir horizontes, não devemos nos fechar em nós mesmos.
· Não podemos ser amigos, só para ter amigos, de pessoas que são más companhias. Nem endeusar amigos, chefes, colegas de trabalho, artistas, intelectuais, animais ou situações por carências que na verdade são descontroles de nossa personalidade e chamar a isso amizade. Até a famosa "amizade colorida" é um falsete porque não é nem amizade nem amor. A amizade como uma forma de amor exige sempre compromisso.
· A amizade é uma forma de amor e como tal alimenta nossa vida. Mas como todo amor precisa ser cultivado. A pessoa educada busca os meios de ser um bom amigo. É preciso não obstante não confundir parentes, colegas, vizinhos e conhecidos com amigos. Estes são pessoas em que nós confiamos e com as quais trocamos num nível mais profundo nossas confidências e interesses e com as quais temos uma afinidade maior. Antes de uma pessoa ser considerada amiga, talvez ela também seja um parente, ou tenha sido primeiro um colega, mas é preciso dar a cada um conforme o grau de relacionamento real. Nem aos vizinhos nossas preocupações e problemas mais íntimos e não o desinteresse e a distância aos amigos. O que não quer dizer que aos colegas e vizinhos não se possa ser muito cordial e quem sabe dali também não vá surgir um grande amigo. Mas a pessoa educada reconhece a realidade à sua volta e não insiste confunde os níveis de relacionamento que existem. E antes de buscar saber se os outros são seus amigos apura o sentido para saber se ele é um bom amigo. Também não é amigo o que busca aproveitar-se do outro. Amizade não é comércio de benefícios.
A alegria verdadeira "destampa" o melhor que está escondido ou preso nas outras pessoas: por isso a verdadeira alegria é um dom que enriquece os outros e é expressão de uma riqueza interior.
A alegria não é o resultado de uma enfiada histérica de piadas, da procura de lazer desenfreado, ou de comodidades como sugere o "velho deitado": "Rico ri a toa." Grandes comediantes da história foram sempre pessoas muito sérias e sensíveis aos grandes problemas humanos e não alienados em fuga da realidade por uma busca histérica do risível. Usavam a comédia para indicar um tipo, fazer entender a miséria ou a grandeza humana e como um poeta nos ajudam a entender melhor, pelo riso, a nós mesmos.
Há na procura de alegria por meio de expedientes vulgares ou histéricos, na verdade, muita melancolia e vazio interior. E isto porque o verdadeiro material da alegria - que é a riqueza da alma – não pode ser substituído pelas superficialidades ou por reduções da dignidade humana como no caso das apelações vulgares.
Porque se é da riqueza da alma que tira se tira a alegria não a pode alimentar o que não é elegível para o espírito. Como poderia gerar ou destapar mais "espírito" nos outros a grosseria, ou mesmo o comentário de mau gosto ou a vulgaridade? Ambas na verdade só produzem escândalo e com o tempo é preciso ser mais e mais grosseiro para conseguir este único efeito que é uma reação de desconcerto e surpresa na forma de um riso incontrolável das almas superficiais e frívolas. Mas isto não é alegria, nem a gera. Macieiras não dão peras.Ou seja, nossos frutos são os da nossa essência, ou seiva. Pessoas sem espírito não podem fazer rir ou mesmo ser alegres porque do rasteirinho do seu entendimento só tem nervosismo, risinho, surpresa tonta, desaviso e outros conteúdos de mar morto.
A alegria é uma graça espiritual e é dada por Deus porque o que leva à alegria é o amor. Quem ama de verdade busca a alegria dos outros porque buscar a alegria apenas para si mesmo é buscar-se a si mesmo o que não pode gerar a alegria porque ela vem de dar e dar-se.
O amor é que gera alegria. O não saber amar é que gera a tristeza. Quando estamos tristes queremos engolir toda a felicidade para nós mesmos, mas acabamos nesta procura egoísta por ficarmos mais tristes. Para sermos alegres, portanto, devemos pensar e ver os outros. A generosidade vivida sem medidas leva à alegria. Quando formos generosos descobriremos quem somos nós nos outros e o que realmente é felicidade.
Se em nossa vida cotidiana, colocamos Deus, fonte de todo amor em primeiro lugar, não teremos medo da dor, nem das tribulações e descobriremos uma alegria, que é infusão do Espírito Santo, compatível com as dificuldades. Assim a alegria verdadeira tem uma origem espiritual, em Deus e nada pode realmente abalá-la. É da alma em graça e não do risível em si.
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· Quando falta a prudência é porque não pensamos bem, não consideramos bem todos os aspectos da questão. Temos que discernir sobre o nosso verdadeiro bem. O fruto da prudência é o nosso bem. O condutor que nos leva para Deus, o sumo bem, é a prudência.
· As virtudes humanas nos ajudam a nos realizarmos como pessoas. Vejamos como: o que inclina a vontade para a ação é o amor. A vontade é o amor e o objeto do amor é o bem.
· É preciso entender que o ofício da virtude é regular e aperfeiçoar o amor. Assim para uma ação ser mais correta ou mais santa, de mais valor, precisamos de mais virtude. Ou seja, para ser um bom profissional não bastam os títulos, é preciso preocupar-se concretamente com o bem estar do paciente, ter paciência, ser limpo, ser assíduo, responsável, mostrar um sorriso sempre, etc. Quando a vontade é modelada pela virtude maior, que é a caridade, então a verdadeira vida acontece. Assim não são os feitos espetaculares, as ações regadas de consumo que nos realizam, mas aquelas mais aperfeiçoadas pelo amor, as mais virtuosas.
· É por isso que o amor não se realiza no dia do casamento por causa da festa ou do vestido branco, nem a excelência profissional no dia da entrega de prêmios ou do diploma, mas ao longo de toda a nossa existência, vivida virtuosamente e dentro das nossas circunstâncias mais concretas. Porque é nela, nessa vida diária, nessas pequenas circunstâncias que podemos fazer contínuos atos concretos de amor .
· Pontos Práticos
· O mal não pode ser amado a não ser sob o disfarce do prazer. Por isso cuidado com suas eleições, não esteja comprando "gato por lebre", uma aventura conjugal por uma família, etc.
· Afetos bons: amor conjugal, amor filial e paterno, amor, amizade, amor natureza, patriotismo, amor universal, gratidão, pena, afeições decorrentes de admiração das virtudes, etc. Dão prazer e desenvolvem coisas boas. Estas afeições gratificam o espírito e não são tão determinadas por limitações circunstanciais por isso geram felicidade espiritual que dura mais que "felicidades" de consumo. Veja para onde se inclina sua vontade, o que ela ama?
· São maus afetos: inveja, ciúmes, ódio, vingança, competição, maledicência. Deformam caráter e semeiam maus sentimentos, é a má vontade, está voltada para o mal e não para o bem.
· O papel da virtude é regular o amor que nos move. Com o auxílio da graça divina podemos modelar nosso amor pela maior das virtudes que é a caridade. Isto fez Cristo e é a isto que todos estamos chamados a ser: outro Cristo.
· A castidade não é simples continência. É uma afirmação da vontade livre que escolhe e que elege o que quer. A castidade é, portanto, uma forma excelsa de domínio de si mesmo, é algo de grande dignidade humana porque eleva o homem de sua condição mais animal. A castidade não se resume a um conjunto de proibições. Também não está circunscrita aos órgãos reprodutores. A castidade protege da curiosidade mal sã, dos gestos, desejos que levem a transformar o amor em mercadoria. A castidade protege o amor de vir a ser banalizado em suas expressões próprias. Desse modo o carinho não sexualizado, o amor de amizade, a compreensão mútua tem passo livre também no relacionamento consolidando um amor mais profundo, mais intenso ao invés de um mero relacionamento sexual.
· O trabalho é um dom de Deus. É testemunho da dignidade do homem, meio de contribuir com o desenvolvimento da sociedade, de progresso pessoal, de obter sustento da família, mas também caminho de santidade. “O trabalho nasce do amor, manifesta o amor, ordena-se ao amor.”
· Será que olhando para o nosso dia, Deus poderia dizer “Quanto te mexes!” em lugar de dizer “Quanto trabalhas!”? Porque desenvolvemos muitas atividades com que enchemos o dia, mas não conseguimos estabelecer uma relação entre o que se faz e Deus → é o ativismo: Foge-se aos deveres, deixa-se levar pelos caprichos, se cansa, reclama-se da falta de tempo. Fazem-se muitas coisas, mas não o necessário. Faz-se o mais urgente, mas não o mais importante.
· Temos que ser Marta e Maria → unir a energia física de Marta à energia espiritual de Maria, preocupados não só com as tarefas em si, mas também com o como as fazemos. Procurar crescer no amor a Deus através do trabalho: fazê-lo bem, cuidadosamente acabado por amor a Deus, para dar-lhe glória, fazendo render todos os talentos que Deus nos deu.
· O ativista tem pouca preocupação com essas dimensões do trabalho, que apenas suporta, não ama. Com o ativismo, busca-se chamar atenção sobre si mesmo e não se chega a Deus, que deve ser nossa meta, ao trabalhar. Buscar e encontrar Deus no trabalho.
Uma virtude de nossos atos e palavras que nos empresta muita beleza e inspira a confiança dos demais é a discrição. Quando somos discretos guardamos os segredos que nos contam, a nossa intimidade e o que sabemos da vida particular dos outros.
Ou seja, somos pouco afeitos a fazer da vida alheia objeto de nossa especulação e tampouco colocamos nossos problemas íntimos ou necessidades biológicas como tema de conversa social.
Coisas que podem magoar não devem ser ditas socialmente. Se não for nossa função interferir, seja por razão de caridade ou de dever, a pessoa discreta não denuncia o erro alheio, ou o problema de temperamento, ou de família ou financeiro de quem quer que seja. Isto socialmente. Reservadamente e movidos pela caridade podemos conversar, como for oportuno, sobre um defeito como o alcoolismo ou mesmo o uso de roupas ou linguajar inapropriado de um colega de trabalho. Isto é correção fraterna e dever de caridade. Mas não se confunde com viver social e emocionalmente a vida alheia, ou melhor, os problemas e os defeitos da vida particular dos outros.
É preciso conter o livre tráfego da intimidade na vida em sociedade. Temos direito a certa reserva em relação aos nossos sentimentos, à nossa família e muito mais à nossa vida íntima. Discrição não é fazer mistério, nem segredo, é agir com naturalidade sabendo respeitar as circunstâncias e às pessoas da nossa vida cotidiana.
Se falarmos muito, há maior possibilidade de errarmos divulgando o que não devemos. Quando sentirmos raiva o melhor é sermos discretos. A boca fala da abundância do coração, por isso para sermos efetivamente discretos é preciso cultivar outras virtudes como a compreensão e o perdão.
Pontos Práticos
1. Para sermos bons amigos é preciso ser discreto. Se uma amiga nos confessa um segredo devemos guardá-lo.
2. Não divulgar os defeitos dos outros ou a intimidade de nossa família.
3. Em sociedade é preferível deixar as nossas excepcionais alegrias, pesares, títulos, riquezas e oportunidades só para nós. Ou, claro, um verdadeiro amigo ou parente com quem conversamos abertamente. Isto porque ao exibir grandes feitos ou inoportunas tristezas podemos humilhar ou tornar a vida mais pesada aos outros.
4. Não devemos invadir a privacidade dos outros com perguntas indiscretas. Isso demonstra que não temos vida interior, mas que vive pendente de uma novidade de uma notícia externa.
5. Guardar também aquilo que há de valor dentro da gente para oferecê-lo somente aos amigos e a quem nos ama realmente.
6. Também devemos guardar nosso corpo para os relacionamentos sérios.
A virtude da discrição também nos ajuda a descobrir o sentido, o valor das coisas, porque as conservamos e pesamos em nosso interior. A discrição dá assim profundidade ao que fazemos e isto é muito difícil para quem está constantemente voltado para fora. A discrição nos ajuda a perceber a amizade, o valor das pessoas e o valor das coisas. Um bom exercício de discrição é passar as olhar as pessoas sem reparar nos seus defeitos e deixar-se surpreender pelas boas coisas das outras pessoas.
Na vida cotidiana sentimos alívio quando encontramos pessoas cuja convivência nos traz paz, ou com as quais nos sentimos à vontade. O saber conviver é uma importante qualidade humana. Se olharmos para o modelo de todo ser humano que é Cristo, podemos tirar algumas conclusões sobre a qualidade humana da convivência.
Para ter a qualidade humana da convivência é preciso respeitar a todos sem distinção, porque sabemos que todo ser humano é filho de Deus. Para isso procuramos estar sempre abertos aos outros acolhendo a todos com simpatia inicial e crescente.
Por caridade procuramos sempre compreender os outros e aceitar as diferenças de opinião.
Deus dá, a todas as pessoas, diferentes dons e talentos. A pessoa com a qualidade humana da convivência aceita com naturalidade e sem inveja os dons e talentos dos outros mesmo que pareçam maiores ou melhores do que os seus. E isto porque compreende que Deus distribui os talentos para o bem de todos e procura desenvolver os próprios talentos em vez de sentir inveja.
A pessoa com a qualidade humana da convivência respeita e trata com igual consideração mesmo aquelas pessoas menos agradáveis, divertidas ou próximas.
A pessoa que tem a qualidade humana da convivência não julga as intenções dos outros porque sabe que só Deus conhece o coração dos homens. E, assim, desenvolve uma estratégia de boa vontade em relação à capacidade dos outros virem a superar seus defeitos. Por isso os perdoa sempre, evitando guardar mágoas e ressentimentos. A qualidade humana da convivência nos leva a tratar os outros com profundidade humana vendo a parte boa que existe em todas as pessoas.
Uma pessoa que sabe conviver sabe se deixar ajudar e procura sempre ajudar sem se isolar em seus interesses atuando na vida em sociedade com grandeza de alma.
A pessoa com a qualidade humana da convivência respeita os bens materiais e a natureza.
Quem tem a qualidade humana da convivência sabe aportar alegria, boas conversas e conselhos oportunos. No trabalho encontra o meio de suavizar as dificuldades apostando sempre no entendimento cordial e acreditando na superação dos problemas. Com essa qualidade humana não nos furtamos a envolver-nos com o que a vida cotidiana nos oferece evitando estar fechados em nós mesmos.
A tristeza é uma aliada do "inimigo": é preciso esforçar-se por sair do pessimismo e da tristeza para não ser um peso no convívio cotidiano.
Mas saber conviver não é deixar de cumprir com os deveres em nome da adulação, comodismo ou para evitar dissabores e trabalhos. A boa convivência exige que se tenha uma atitude firme e contínua no exercício do bem e da missão que nos é confiada.
No exame da noite poderíamos nos perguntar como são nossas reações com as pessoas que nos são desagradáveis. A pessoa com a virtude humana da convivência cuida para que reaja sempre com caridade e perdão.
É preciso propiciar oportunidades de convívio sadio aos filhos evitando deixar isso acontecer ao sabor do acaso. Procure aumentar e solidificar laços de amizades não só na família, mas com outras com as quais seus filhos possam desenvolver boas qualidades humanas como a da convivência e vir a ter bons amigos por toda a vida.
Não existe apenas um tipo de beleza. Por isso não podemos colocá-la somente em estar magra ou em ser jovem.
A beleza É ALGO QUE IMPLICA TODA A PESSOA. Sem referência à pessoa como um todo, que inclua aspectos espirituais, humanos, reduzimos a beleza à parte física, mais animal que não pode ser toda a beleza porque o ser humano não pode ser só um de seus aspectos.
Esperar que a nossa valorização, que a nossa projeção na vida em sociedade seja alcançada pela exposição acintosa do corpo ou concordar que assim sejamos tratados pela cultura, moda ou pela mídia é consentir com a redução do nosso valor como pessoas, do que sejamos como seres humanos.
Assim os conceitos que se dizem artísticos, mas na verdade exploram o nu humano com fins de deleite lascivo não são formas de “beleza artística” e, portanto, “autorizadas” em nome da arte. Não se pode dizer que há beleza artística no “calendário” da oficina mecânica porque não é a ela, modelo do calendário, o objeto da “beleza artística”, mas sim a sua exploração.
Portanto, a exposição reducionista da pessoa humana no calendário, ( ou da personagem da novela, dos programas de TV, das charges), não pode ser considerada beleza artística porque para ser arte é preciso que se capture mais que a própria lascívia ou a manipulação comercial de corpos, mas o espírito. Aí há beleza artística.
A excessiva promoção dos corpos, de forma insinuante, como forma de ser praticamente única das mulheres, quase que como seu único valor, leva moças jovens e pobres a ingressar em vidas muito tristes. E, em outras pessoas esse ideal de beleza excessivamente associado à juventude e à beleza física leva a uma corrida de plásticas e frustrações desnecessárias. E todos que na vida em sociedade promovem esse “culto ao corpo” são autores dessa cultura e dos seus efeitos.
Para haver beleza é preciso ver mais do que o corpo, ver a alma, ou não se está vendo uma pessoa, mas um poste. Na vida em sociedade é preciso reconhecer que tipo de excitamento uma determinada “exibição de beleza artística” está sendo promovida a pretexto de cultura e o que está sendo realmente licenciando. E não compactuar com uma cultura que em última instância favorece a violência e a banalização humana.
Do mesmo modo nenhuma “descoberta científica” que esteja em função do comércio e para isso alimente uma ciranda histérica de perfurações e cortes, para manter a juventude do corpo, pode realmente apresentar um resultado cujo efeito final seja a beleza. A própria falta de naturalidade é uma distorção da verdadeira beleza, que é sempre uma sintonia de vida com o tempo, a realidade, os dons e as próprias realizações. Estas não podem ser substituídas pela beleza física e, sozinha, a beleza física não pode dar a satisfação e a plenitude da verdadeira vida vivida em corpo e alma. Na cultura do culto ao corpo há praticamente uma supressão de uma pela outra.
Essa “cultura da beleza pelo corpo” é resultado do materialismo, forte aliado nos interesses do mercado e é um afastamento de concepções mais humanistas. Essas atitudes de endeusamento do corpo contribuem para a redução da dignidade humana na vida em sociedade e, portanto, para o acirramento da exclusão social já que é banalizada a importância do propriamente humano, como os sentimentos, valores, dons, os direitos com base em concepções mais humanistas que são substituídos por visões mais “racionalistas”, mais “científicas”, “mais progressistas”, sem que haja quem lhes dose o tom do seu racionalismo “progressista”.
A beleza vem de dentro para fora, e faz - do espírito - brilhar a beleza da alma no corpo. E não ao contrário da aparência para... o poste. A beleza e a que deve ser incentivada na vida em sociedade procede de onde estão as virtudes humanas, as crenças e são conforme o que se ama.
Caminho 2 “ Oxalá fossem tais o teu porte e a tua conversação que todos pudessem dizer, ao ver-te ou ouvir-te falar: "Este lê a vida de Jesus Cristo". ( São Josemaría Escrivá de Balaguer)
Quando damos nossa palavra de certa maneira estamos dando a nós mesmos. Estamos colocando como avalista do que dizemos o mais íntimo de nós mesmos. Jurar quer dizer que chamamos a Deus como testemunha do que estamos dizendo e por isso não podemos banalizar ou mentir quando juramos.
Há ocasiões em que temos que jurar e nessas condições, muito formais e realmente necessárias o juramento é uma expressão da nossa virtude da religião e deve honrar a Deus. Todo juramento deve ser realizado em verdade, em juízo e em justiça. Na nossa vida cotidiana deve bastar a nossa palavra. Que o nosso não seja não e o que o nosso sim seja sim. No dia a dia basta a nossa palavra de pessoas honradas porque somos conhecidos como pessoas que falam e vivem na verdade e que damos muito valor a palavra dada. Nossa fidelidade dever ser a Cristo, aos nossos compromissos assumidos livremente, aos nossos compromissos familiares, sociais e na empresa que trabalhamos.
A pessoa de palavra jamais se utiliza da mentira para ficar bem, para não admitir um erro, para fugir de um compromisso assumido ou sacrifícios, ou para se promover no emprego ou alcançar alguma vantagem comercial ou material. Para sermos pessoas de palavra é preciso desenvolver, na vida cotidiana, as virtudes humanas necessárias como fortaleza para não fraquejar ante o sacrifício exigido por um compromisso, veracidade, humildade, etc.
Devemos construir nossa família, nossa carreira, nossos relacionamentos na vida cotidiana com profundo amor à verdade. Ser verdadeiro e fiel é um dever de justiça e de caridade. O amor à verdade e à palavra dada desenvolve outras qualidades como o saber respeitar os segredos que nos são contados, etc.
É preciso ser honesto e uma pessoa de palavra. Que os outros lhe conheçam pelo valor de sua palavra.
O bom chefe sabe delegar, repartir o serviço, alentar a iniciativa de todos, gerar confiança, descobrir qualidades nas outras pessoas.
O bom chefe não dá ordens que substituam a iniciativa do empregado, como “ – Traga- isto.” “ - Datilografe aquilo.” Etc. Mas antes consegue transmitir com claridade o que se deseja conseguir e deixa uma margem de iniciativa e criatividade a todos os membros de sua equipe.
O bom chefe também sabe transmitir sua experiência de modo que os demais comecem por onde os outros tenham acabado e não tenham que inventar a roda a todo momento. O ideal ao delegar ou sugerir uma tarefa é conseguir que o encarregado seja seu próprio chefe. Com pessoas pouco maduras temos que especificar as diretrizes que se querem alcançar de modo
Não demonstrar má vontade com as tarefas que nos determinam nossos superiores sejam eles nossos pais, professores ou nossos chefes. Ser especialmente respeitosos com superiores e cumpridores de nossas obrigações. Mas, acatar ordem dos superiores desde que dentro dos limites da lei, do bom senso e da lei de Deus. Moças não devem se intimidar com assédios de qualquer espécie.
Todo trabalhador deve mostrar-se com boa disposição para trabalhar revelando seu profissionalismo ao saber controlar os “tédios”, a preguiça e o desejo de criticar ou falar dos outros e, procurar realizar sempre o seu serviço da melhor maneira possível. Problemas familiares ou insatisfações profissionais devem ser resolvidos da melhor forma, mas não são desculpas para prestar o serviço de má vontade. Isto porque, na pior das hipóteses, o serviço assim realizado depõe contra o próprio trabalhador. Não reclame sobre o seu trabalho com o cliente. Mesmo que você tenha razões para reclamar da firma ou dos colegas e do chefe, quem ficará mal é você.
As profissões que lidam com o público devem ser as mais empenhadas em atender com simpatia: táxis que reclamam do tráfico, vendedoras ou atendentes de má vontade, etc., não demonstram qualidade profissional em seu serviço. Não é à toa que as empresas estão cada vez mais selecionando seus funcionários muito mais por suas características pessoais do que por seus conhecimentos técnicos. O saber trabalhar em equipe passa exatamente pelo que se pode oferecer no nível humano, pessoal.
Afinal, é preciso compreender que um bom serviço não é apenas o de atender ao telefone, por exemplo, mas o de fazer - esse serviço em si simples - com toda categoria humana que a alma possa emprestar-lhe. Essa qualidade humana é a diferença entre a máquina, que até atende o telefone, e o ser humano. Aliás, esta é sempre a diferença entre ser só um animal ou uma máquina e ser humano: o que de mais especificamente colocamos de humano no que fazemos.
Pontualidade também é fazer agora o que tem que ser feito sem adiamentos e desculpas.
Fazer imediatamente e primeiro o que mais custa. Fazer as lições, os trabalhos e os encargos de educação dos filhos, ou de apoio em situação difícil como visitar um doente, ou apresentar pêsames, e tudo aquilo que custa, primeiro.